Nossa economista-chefe, Tatiana Pinheiro, conversou com o Valor Econômico sobre a última reunião do Copom de 2024 e a decisão de elevar a taxa Selic.
A indicação do Comitê de Política Monetária (Copom) de que irá elevar a Selic pelo menos mais duas vezes no ritmo de 1 ponto percentual foi o destaque do comunicado da decisão de ontem. A leitura dos economistas é que o Banco Central volta a assumir o protagonismo no direcionamento das taxas, não estando mais “atrás da curva” (atrasado em relação à precificação do mercado). Com essa sinalização, os economistas passaram a revisar as estimativas para a taxa básica no fim do ciclo, agora perto de 15%.
A postura bastante conservadora, que surpreendeu os economistas, mostrou que a nova composição do Copom não deve ser condescendente com a inflação mais alta. Essa perspectiva deve se refletir nos ativos brasileiros nas negociações de hoje, com redução nos prêmios de risco.
Para Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, o comunicado fez o BC sair de uma postura considerada mais “atrasada” para uma de mais “adiantado”. Na visao de Pinheiro, a volta do “forward guidance” (perspectiva) foi bem assertiva, especialmente depois de o colegiado citar que o cenário agora está menos incerto, e sim mais adverso. “Agora, o BC tem mais certeza de que estamos num cenário adverso. Antes, ele podia ter alguma dúvida. Isso justifica a volta do guidance”, diz.
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