Mercado Imobiliário em 2024: crescimento, desafios de crédito e alternativas de financiamento

Por Anna Straube, sócia da Galapagos Capital.

Embora 2024 ainda não tenha terminado, já se consolidou como um ano positivo para o setor imobiliário, apesar dos desafios que se desenham para o início de 2025. Com um bom desempenho nas construções e alta velocidade de vendas, a maioria das capitais brasileiras apresentou crescimento expressivo.

Até setembro de 2024, de acordo com o Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (desenvolvido pela ABECIP em parceria com o IBRE/FGV), o mercado imobiliário no Brasil acumulou uma valorização de 10,10% no ano e de 12,42% nos últimos 12 meses.

Belo Horizonte e Curitiba foram destaques, com crescimentos de 24,7% e 16,26%, respectivamente. Em contraste, Porto Alegre e Brasília apresentaram aumentos mais moderados, com 1,95% e 6,70%.

No entanto, enquanto o setor imobiliário demonstra solidez, o crédito está mais restrito. Refletindo tanto a queda na captação de poupança quanto critérios mais rigorosos dos bancos, especialmente para incorporadoras de menor porte.

O impacto na captação de poupança foi tão significativo que, a partir de 1º de novembro, a Caixa Econômica Federal reduzirá o percentual de financiamento para imóveis. A mudança vale para imóveis adquiridos com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), nas modalidades TR, Poupança, IPCA e Taxa Fixa. A CEF passará a financiar apenas 70% do valor do imóvel na modalidade SAC. Antes, o financiamento era de 80%. Pela Price, o financiamento será de apenas 50%, em vez dos 70% anteriores. A exigência para entrada será maior para os compradores.

Alternativas de financiamento no Mercado Imobiliário

Com a necessidade de um valor de entrada mais elevado, é provável que observemos uma desaceleração nas vendas de imóveis de médio padrão. Em especial, os que estiverem na faixa de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão.

Nesse contexto, o mercado de capitais surge como uma alternativa viável e atraente para incorporadoras que precisam ajustar suas estratégias de captação. As vantagens são diversas: incluem a possibilidade de aquisição de terrenos por meio de operações de permuta, financiamento da obra e, em alguns casos, o financiamento da exposição de caixa, caso a incorporadora obtenha o plano empresário.

A principal vantagem do financiamento via mercado de capitais está na possibilidade de personalizar a estrutura financeira de acordo com as necessidades da incorporadora. Com flexibilidade em prazos, períodos de carência e estrutura de garantias.

A Galapagos conta com uma equipe experiente e dedicada ao setor imobiliário. Entendemos profundamente os desafios específicos do setor e das necessidades de cada empresário. Agende uma reunião e saiba mais!

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