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Fórum Esfera 2025: Liderança, confiança e a construção de um Brasil mais atrativo para o mundo

O Fórum Esfera 2025 é um evento que reúne líderes do setor público e privado, especialistas, empresários e tomadores de decisão para discutir os temas mais urgentes e estratégicos do país. Ao longo de dois dias de programação, o fórum promove um ambiente de diálogo aberto sobre economia, política, inovação, sustentabilidade e o papel do Brasil no cenário global.

Estivemos presentes acompanhando os principais debates e insights, com o olhar atento de quem acredita que as grandes transformações começam com boas conversas — e decisões bem informadas. A seguir, reunimos os destaques dos painéis que marcaram o evento neste primeiro dia.

Painel 1 – Infraestrutura como motor de retomada

O ponto de partida da programação foi claro: sem infraestrutura sólida, não há retomada econômica possível. O ministro Bruno Dantas (TCU) fez um apelo direto ao governo: “É hora de o governo voltar seu olhar para o lado da despesa. Cortar supersalários é um passo simbólico e técnico para reconstruir a confiança.”

Luciana Costa, diretora do BNDES, reforçou a capacidade técnica do banco e destacou que o funding hoje tem baixo nível de subsídio. Já o conselheiro Sérgio Guerra foi enfático: “Não precisamos de uma nova reforma. Precisamos de governança regulatória forte e estável.”

Renan Filho, Ministro de Estado dos Transportes, lembrou que infraestrutura exige previsibilidade fiscal. Sem ela, o investimento não encontra solo fértil.

Painel 2 – Novo mundo, novas lideranças, novas soluções

Preto Zezé, presidente da CUFA, sintetizou bem o espírito do painel: “Liderança não é cargo. É compromisso com transformação social. Precisamos de líderes que pensem em pautas sociais, não apenas políticas.”

Gabriela Comazzetto, General Manager de Global Business Solutions do TikTok para a América Latina, reposicionou o papel da tecnologia e da cultura na liderança moderna: “O TikTok não é uma rede social. É um termômetro de comportamento. E comportamento não tem idade.”

João Adibe, CEO do Grupo Cimed, foi direto: “Produto que não fala, não vende. Marketing é parte do core. Toda empresa precisa de um sponsor.”

Já Diego Barreto, CEO do iFood, desmistificou o debate sobre entregadores e regulamentação: “Não dá para regular com profundidade um setor sem entendê-lo a fundo. A liderança nasce da educação, é ela que permite articulação social.”

Painel 3 – O Brasil como vitrine para o capital global

Moderado por Elisa Veeck e com a presença de nomes como Eugênio Mattar (Localiza) e Fernando Meneguin (Instituto Esfera), esse painel trouxe uma análise crítica do Brasil enquanto destino de investimentos.

“Sem um ambiente estável e com regras claras, nenhum investidor sério permanece”, afirmou Mattar, que também criticou o excesso de benefícios assistenciais desconectados de meritocracia: “Hoje, o Brasil paga 13% do PIB com sua máquina pública, enquanto a média da OCDE é 9%. A Alemanha faz com 7%. Entregamos pouco e cobramos muito.”

Outro ponto levantado foi o excesso de judicialização, que cria insegurança jurídica e inibe o crédito. A fala de Renata da Tecnobem foi ilustrativa: “A tecnologia tem papel essencial para reduzir fraudes e acelerar processos. O Brasil ainda perde R$ 700 milhões ao ano em fraudes de financiamento. Falta segurança.”

Painel 4 – Um projeto de país: além da retórica

A última plenária trouxe uma provocação contundente: o Brasil precisa de um projeto — e não apenas de um líder.

“Não adianta pensar em nomes se não temos uma estratégia clara. O próximo presidente vai herdar um Brasil complexo. O que temos a oferecer é um projeto viável, com metas, métricas e entrega”, disse um dos painelistas.

Foi consenso que os estados mais bem-sucedidos atuam com mentalidade empresarial: metas, meritocracia, accountability.

“Se você quer atrair capital, precisa separar o que é capital especulativo e o que é investimento produtivo. E precisa mostrar resultados. Não adianta romantizar o país, precisamos entregar.”

O Brasil como ativo de longo prazo

O Fórum Esfera 2025 não prometeu soluções fáceis. Mas deixou claro que há um Brasil viável — desde que se priorize governança, tecnologia, segurança jurídica e, sobretudo, um projeto de país que sobreviva a ciclos eleitorais.

Como sintetizou um dos debatedores: “Temos petróleo, biodiversidade, energia, gente criativa e mercado consumidor. Falta uma liderança que enxergue tudo isso como ativo — e não como discurso.”

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