Segundo a economista-chefe Tatiana Pinheiro, a preferência do Copom é manter o ritmo de alta da Selic em 0,5 ponto percentual por reunião, mas uma aceleração pode ocorrer se não houver mudança no impulso fiscal
A redução de gastos atualmente em discussão no governo deve ter papel determinante na próxima decisão de juros do Copom, em dezembro, segundo a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro. Em sua opinião, a preferência do colegiado é manter o ritmo de alta da Selic em 0,5 ponto percentual por reunião, mas uma aceleração pode ocorrer se não houver mudança no impulso fiscal.
“A decisão [do Copom] será em 11 de dezembro, já deu tempo do pacote de corte de gastos ser anunciado e avaliado. E, já teve a última revisão bimestral de receitas e despesas. Além disso, deveria ter o debate no Congresso sobre o orçamento de 2025 bastante amadurecido”, diz Pinheiro, que vê este cenário como o de base para o Copom. No entanto, “se o fiscal se mantiver igual, com impulso forte [à economia], o BC vai acelerar para 0,75 ponto percentual”, prevê.
Para a economista, uma nova deterioração das expectativas de inflação tendem a levar a um ciclo mais extenso, e não mais intenso em relação ao ritmo de aumento da Selic. Ela pondera, contudo, que sem um pacote de corte de gastos “crível”, haveria uma mudança de cenário para o Copom.
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