Alta da Selic para 11,25% mostra dois caminhos para investir em renda fixa, dizem gestores; veja quais são

Nosso sócio e gestor, Luiz Felipe Laudari, conversou com a Inteligência Financeira sobre estratégias de investimento em renda fixa, após o Copom elevar a Selic para 11,25%.

A alta da Selic  de 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, anunciada nesta quarta-feira (6) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) traça dois cenários para investimentos em renda fixa. O primeiro é que o aumento dos juros agrega rendimento nominal aos títulos do Tesouro Selic, pós-fixado do Tesouro Direto, e aos títulos de crédito privado atrelados ao CDI, que segue os juros.

O segundo, na avaliação de gestores e estrategistas ouvidos pela Inteligência Financeira, é de que o mercado não aguarda tanto a variação da taxa Selic . Na verdade, ele espera as medidas do governo sobre a contenção de despesas primárias para o cumprimento da meta fiscal.

Se o anúncio decepcionar investidores, os prêmios já elevados do Tesouro IPCA+, ou NTN-B, podem disparar, assim como do Tesouro Prefixado. Mas, se o contrário ocorrer, a parcela variável do rendimento ‘insustentável’ desta quarta-feira, de quase 7%, pode deixar saudades.

Esta é a avaliação de Luiz Felipe Laudari, sócio e gestor da Galapagos Capital.

“Se o governo entregar uma boa medida no fiscal, parte desse risco vai cair, e títulos prefixados são preferíveis neste cenário por performarem melhor”, diz Laudari. “Caso ele não entregue e o mercado reaja mal, teremos aumento de risco na inflação”, completa.

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