Por Paulo Kimak, CFP – Associate de Wealth Planning da Galapagos Capital
A governança familiar é um tema crucial para famílias empresariais, que não devem focar apenas nos negócios, mas também no patrimônio e nos seus membros.
A necessidade de estabelecer a governança surge ao longo da trajetória da empresa familiar, à medida que as necessidades evoluem. É fundamental sentar e definir as regras do jogo, tratando os familiares como sócios e criando um conjunto claro de regras e processos.
Esse conjunto pode ser formalizado por meio de documentos, como o protocolo familiar, que define as relações entre os membros da família e, dos fóruns de decisão, como conselho de administração, conselho de sócios e conselho de família. O mais importante não é a quantidade de fóruns existentes, mas sim ter regras claras sobre as competências e responsabilidades de cada um.
As transições e a coexistência entre gerações também são fundamentais. Três fatores se destacam nesse processo: alinhamento de propósito, trabalho conjunto entre gerações e a capacitação do sucessor e do sucedido.
Muitas vezes as empresas de pequeno e médio porte não possuem processos decisórios mapeados e dependem de uma (ou poucas) pessoas. Normalmente o patriarca ou matriarca, além dos tios. Nesses casos, começar o processo de governança é ainda mais importante quando se pensa numa falta repentina dessas pessoas.
Outro aspecto a ser considerado é a relação entre os papéis como executivos e como acionistas. Durante as primeiras conversas de planejamento, mais um importantíssimo aspecto: discutir em fóruns específicos, de maneira honesta e transparente, as expectativas e vontades dos sucessores e sucedidos.
Os acionistas familiares, enquanto executivos, precisam estar preparados para tomar decisões importantes e ter conhecimento dos valores da família, alinhando e atribuindo a eles mesmos as responsabilidades indelegáveis, não só na gestão dos negócios mas também na prestação da contas aos outros membros da família.
Já para os que optarem por seguir outros caminhos profissionais, devem compreender que podem permanecer como acionistas, o que pode tornar as questões mais complexas. E saber que como acionistas, mesmo não estando envolvidos diretamente nos negócios da família, também possuem direitos e deveres perante os demais.
A Galapagos Capital conta com um time de Wealth Planning especializado para te auxiliar no que for preciso na hora de estruturar sua governança familiar. Saiba mais clicando aqui.
Em resumo, a governança familiar é fundamental para empresas familiares. Ela garante a organização e definição de regras que orientem as relações e os processos de tomada de decisão. O objetivo é garantir a longevidade e o sucesso do negócio, mantendo a harmonia e o compromisso da família.