Economia do bem-estar, um setor que movimenta trilhões todos os anos

Economia do bem-estar: longevidade do corpo, da mente e do patrimônio

Saúde deixou de significar apenas a ausência de doenças: para uma grande parte da população, trata-se de um investimento em prol da longevidade. Nesse sentido, a economia do bem-estar vem ganhando destaque como um setor promissor do cenário global.

Mas o conceito vai além de uma tendência. Representa uma transformação cultural e econômica que coloca saúde, qualidade de vida e equilíbrio no centro das decisões de consumo e investimento. Esse movimento tem impulsionado indústrias inteiras, atraindo investidores atentos ao potencial de crescimento sustentável e de longo prazo.

O que é a economia do bem-estar

A economia do bem-estar pode ser definida como o conjunto de setores que promovem saúde física, mental e emocional, bem como práticas de consumo mais conscientes. Diferente de modelos tradicionais, que focam apenas em produtividade e lucro imediato, ela se baseia na ideia de que pessoas saudáveis e realizadas impulsionam sociedades e mercados mais prósperos.

Desse modo, engloba desde produtos e serviços diretamente relacionados ao bem-estar (como fitness, nutrição e turismo de saúde) até áreas emergentes, como tecnologia de autocuidado (movimento puxado pelas healthtechs), mindfulness corporativo e arquitetura sustentável.

Economia do bem-estar em números

De acordo com o Global Wellness Economy Monitor 2024, a economia do bem-estar já movimenta trilhões de dólares todo ano. E estimativas apontam que o mercado deve chegar perto dos US$9 trilhões até 2028, com o Brasil ocupando a 12ª posição no ranking mundial (movimentando US$96 bilhões).

Ela também vem superando outros setores importantes. Segundo o mesmo estudo, já é 30% maior do que a economia verde (estimada em US$ 4,8 bilhões em 2023), e já representa quase 60% do tamanho dos gastos globais com saúde (estimados em US$ 10,6 trilhões em 2023).

No Brasil, a perspectiva de aumento no número de idosos (que deve chegar a 37,8% da população em 2070, segundo o IBGE) mostra que a preocupação com a saúde preventiva e o envelhecimento saudável também é válida. Não à toa, o país já é considerado um hub local do Wellbeing Economy Alliance desde 2022, uma parceria entre governos que adotaram a abordagem de economia do bem-estar. E vem discutindo, desde outubro de 2024, a possibilidade de se tornar um membro observador ao lado de nações como Canadá, Finlândia, Islândia, Nova Zelândia, País de Gales e Escócia, que compartilham práticas inovadoras.

O aumento da conscientização sobre saúde mental e emocional, a digitalização de serviços e as mudanças no comportamento das novas gerações são outros fatores que sustentam esse avanço, reforçando que investir no mercado representa uma resposta às transformações estruturais da sociedade.

Indústrias da economia do bem-estar

A economia do bem-estar é ampla e abrange múltiplos segmentos. Essa diversidade revela como o assunto deixou de ser nicho e passou a integrar as prioridades estratégicas de empresas e países:

  • Alimentação saudável e nutrição: produtos orgânicos, suplementos e tecnologias de rastreabilidade de alimentos;
  • Atividade física e fitness: academias, apps de treino, wearables e esportes de alta performance;
  • Beleza e cuidados pessoais: cosméticos naturais, procedimentos estéticos e skincare;
  • Saúde preventiva e medicina integrativa: terapias alternativas, check-ups personalizados e longevidade;
  • Turismo e hospitalidade de bem-estar: resorts, spas e destinos voltados ao equilíbrio físico e mental;
  • Ambientes saudáveis e sustentáveis: arquitetura biofílica, mobiliário ergonômico e soluções de ar e água purificados;
  • Tecnologia para o bem-estar: aplicativos de meditação, inteligência artificial aplicada à saúde e gadgets de monitoramento.

Economia do bem-estar como oportunidade

Para investidores, a economia do bem-estar representa não apenas rentabilidade, mas também a oportunidade de participar de um movimento que molda o futuro das próximas gerações.

Para integrar esse movimento, por exemplo, a Galapagos Capital atuou como estruturadora, alocadora e gestora do fundo de crédito lançado pelo Wellhub, cujo volume inicial é de R$100 milhões. O objetivo é apoiar o crescimento de academias, estúdios e fornecedores em todo o Brasil.

Os recursos podem ser usados para reformas, aquisição de equipamentos, desenvolvimento de novos serviços, capital de giro e expansão de novas unidades. A aprovação de crédito conta com a inteligência setorial: o processo é apoiado por dados proprietários sobre engajamento, histórico de receita e retenção de clientes, e não apenas scores tradicionais de crédito.

A iniciativa é, acima de tudo, uma valorização da evolução do corpo, da mente e do patrimônio. Mais do que acompanhar uma tendência global, trata-se de investir em um futuro sustentável, saudável e próspero. Na Galapagos Capital, acreditamos que bem-estar e longevidade caminham lado a lado, e é por isso que seguimos conectando pessoas, ideias e recursos para transformar essa visão em realidade.

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